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sábado, 7 de maio de 2016

[Filme/Review] Capitão América: Guerra Civil - Impressões sobre o Filme

Sei que estou um tanto atrasado, já tem uma semana que milhares de blogs devem estar falando do assunto, mas, só hoje fui assistir  capitão América: Guerra Civil, então é agora que venho deixar minha opinião sobre o filme.


O Filme que deu certo.

Não, Guerra Civil, não é  um filme sombrio e feito apenas de seriedade, como alguns esperavam, mas nunca antes a Marvel acertou tão bem no equilíbrio entre seu humor e os momentos sérios. O terceiro filme do Capitão América mantém a seriedade encontrada no segundo e limita  quase todo seu foco de humor para as cenas com o Homem-Aranha, o que é totalmente válido.

O filme tem dois focos, a primeira parte dele foca na guerra ideológica entre os grupos de  Steve e Tony,  mantendo bem a ideia da obra original, mas em proporção menor.

Mesmo já havendo bastantes exemplos nos outros filmes, temos mais uma catástrofe no começo do filme apenas pra justificar mais ainda  o Tratado de Sokóvia, que deixa os Vingadores  como sendo parte da ONU. Além disso, é quando  somos apresentados ao rei de Wakanda e seu filho T'challa, que viria a se tornar o Pantera Negra.

O filme segue frenético até que temos uma pausa para a apresentação do Homem-Aranha e em seguida a famosa cena do aeroporto, cenário principal dos trailers. Todas as cenas de luta do filme são muito bem coreografadas, mas esta se destaca por serem tantos elementos juntos, apesar do foco serem duelos, você pode ver os heróis se ajudando, interferindo e  usando suas habilidades em conjunto. Esse pedaço central do filme é o foco principal do humor.

Nesse ponto alcançamos a segunda parte do enredo. O embate filosófico já era, mesmo com o Capitão América claramente contra a lei,  aparece uma segunda motivação, Guerra Civil possui um verdadeiro vilão, e este só vai ser enfrentado por Bucky, Capitão América, Homem de Ferro e, em um momento separado, pelo Pantera Negra.


Muita Velocidade, Muitos Personagens e Foco correto.

Obviamente, como o filme dele, o foco principal fica com Steve Rogers e seu companheiro Bucky, eles ganham o destaque que merecem, Bucky sendo um elemento central da trama e o Capitão sempre defendendo sua ideologia de liberdade e querendo salvar seu antigo amigo. Não são poucas as cenas em que podemos vê-lo aplicando sua força sobre-humana e suas habilidades com o escudo.

Stark está de uma maneira que nunca vimos, realmente arrependido por todos seus erros e disposto a tomar todas as decisões legais para evitar novos. Seu humor, antes destacado em todos os filmes, agora se reduziu a algumas piadas, a maioria bem seca e irônica. O filme nos mostra dois dramas importantes na vida do Vingador Dourado, e sua luta contra ambos  o Capitão e Bucky é espetacular, com a grande referência À cena onde  Rogers bloqueia os raios repulsores diretamente com seu escudo.


Wanda e Visão mostram um grande desenvolvimento em seu relacionamento, pelo visto, já são amigos bem próximos. Visão defende Stark devido a análises lógicas, já a Feiticeira Escarlate quer defender seu direito de ser como é e poder agir. Essa dualidade deixa tudo bem difícil, mas no fundo Visão só  quer proteger a garota, ele deseja que o mundo não a veja como maus olhos. Realmente me pergunto se teremos um futuro relacionamento dos dois. I SHIP IT

 Já em momentos de batalha, ambos são facilmente os mais poderosos de cada lado, eles são os que mais interferem nas lutas de seus companheiros  e costumam ter os impactos mais brutais. Mesmo assim, Ela se mostra em grande vantagem em luta um a um.

Os estreantes Pantera Negra e Homem-Aranha rapidamente ganham o amor dos fãs, mesmo que de maneiras diferentes. T'Challa é o imponente rei, suas habilidades de luta são superiores às de todos os outros do filme,e sua armadura de Vibranium lhe garante uma vantagem enorme. Diferente dos outros membros do time de Stark, a motivação do rei é a morte de seu pai, causada por Bucky.

Peter Parker tem uma breve apresentação no filme, notamos que ele é realmente o gênio nerd piadista que sempre existiu nas HQs. Ele passa por uma mudança de uniforme, mas infelizmente não há Aranha de Ferro, apenas um upgrade do seu uniforme totalmente caseiro pra um desenvolvido por Stark. Ele ama piadas e referências,  quase um Deadpool do bem,isso se ele não fosse mais antigo. *Ignorar a jovem tia May, aquilo foi desnecessário, mas não é como se isso afetasse muito a história, ao menos não por enquanto*. O jovem Parker mostra suas habilidades e velocidade na batalha, ele mesmo desenvolveu suas teias e se mostram eficientes contra todos seus inimigos. Ele apenas não tem um sentido de aranha tão efetivo, mas talvez tenha a ver com o fato dos outros heróis também serem rápidos e ele ter poderes há pouco tempo.

A dupla Bert Clinton e Natasha Romanoff é bem subaproveitada, apesar dessa última ter uma participação fundamental, e o Arqueiro ter seu destaque em conjunto de Scott Lang, o Homem-Formiga, ambos ambos tem pouco destaque fora da cena do aeroporto, não que tenham culpa, num embate de tantos superseres. O Homem-Formiga sofre do mesmo problema, mas seu pequeno grande momento foi incrível, então relevamos isso.


Onde está o Vilão? E onde estarão os Heróis?

Não é dessa vez que o foco de tudo vai ser apenas no embate filosófico e disputa de heróis. Helmut Zemo é o vilão do filme e ele tem motivações bem questionáveis.

Apesar de muitos acharem que ele, mais uma vez, foi um vilão da Marvel sem mostrar grande impacto ou ameaça, a verdade é que ele foi quem mais conseguiu alcançar seu objetivo e causar estragos ao  grupo de heróis, levando a consequências que seguirão nos próximos filmes do Universo Cinematográfico Marvel.

As cenas pós-crédito do filme nos mostram que os Vingadores de Steve conseguem fugir da prisão e estão sendo abrigados em Wakanda sob proteção de T'Challa, o que provavelmente levará à formação dos Vingadores Secretos, e uma cena que nos indica que haverá o já óbvio filme do Homem-Aranha.

Balanço Erros/Acertos.

Minha conclusão final é que Capitão América Guerra Civil é um filme muito veloz, repleto de ação e bastante fanservice, realmente algo que te dá o agrado de assistir. Apesar da velocidade e quantidade de personagens, como já temos uma enorme quantia de filmes  explicando esse universo, você não se perde e consegue aproveitar tudo.

Durante o filme, temos uma certa perda da complexidade na temática e o foco se torna algo mais pessoal dos heróis, o que eu considerei um defeito, pois não se tem suficiente tempo para abordar a importância da luta entre Liberdade e Justiça. Entretanto, isso era um tanto quanto óbvio já que uma adaptação fiel à Guerra Civil necessitaria uma grande sequência de filmes.

Talvez o não-tão-querido vilão Zemo volte e mostre mais imponência, mas, por enquanto, ele não se mostrou alguém tão interessante, apesar de ser melhor do que a maioria dos outros vilões Marvel.

Recomendo que assistam e tirem suas próprias conclusões, definitivamente não é dinheiro perdido.

Até amanhã!




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domingo, 3 de abril de 2016

[Filmes/HQs] Guerra Civil: De que lado você está? - Um Embate Filosófico

Com o lançamento Capitão América: Guerra Civil chegando,  todos estão decidindo que lado apoiar, mas apoiar está além de torcer por uma vitória, se trata de defender certas ações e filosofias. Hoje venho aqui pra fazer uma análise geral de ambos os lados da guerra e explicar o que e por que apoio.


Dos quadrinhos para as telonas.

Depois  de alcançar um sucesso indiscutível  com seu universo cinematográfico, Marvel, a Casa de Idéias,  decidiu apostar em uma das suas maiores e mais aclamadas sagas para ser a nova grande adaptação.

No entanto, apesar de ser uma notícia muito agradável, devemos entender que a decisão da Marvel foi um tanto competitiva, já que no começo Capitão América 3 nem pretendia ser Guerra Civil, ao menos na divulgação, tudo se iniciou quando  Batman vs Superman foi anunciado, e ambos possuíam datas próximas. Essa decisão levou a Marvel a adaptar a grande saga mesmo com um universo muito diferente daquele que existe nos quadrinhos, e, principalmente, com bem menos personagens.

Provavelmente, não serão apenas as proporções da guerra que serão diferentes, as motivações no filme parecem ser bem mais pessoais do que nos quadrinhos, e as relações entre os personagens são bem diferentes, o que pode nos levar a caminhos bem diferentes, talvez até mesmo com um final diferente do que acontece nas HQs.

O que veremos nos cinemas está mais para uma história inspirada em Guerra Civil, do que uma adaptação
propriamente dita.


Não se trata de certo ou errado.

Apesar das diferenças entre as mídias, a essência da Guerra Civil será mantida nos cinemas através do elemento mais importante da saga: Uma guerra ideológica sobre o grau de liberdade dos heróis na sociedade.

Logo de cara digo: Não importa se leu, ou quantas vezes leu, a HQ, se você acha que há um lado completamente certo e outro completamente errado, você definitivamente não entendeu nada.

Tanto nos quadrinhos quanto no cinema, a situação que nos leva à chamada Guerra Civil é uma lei feita pelo governo para regulamentar os "Superseres",  decisão tomada após uma (ou mais no caso do cinema) catástrofes que ocorreram devido ao trabalho não tão cuidadoso dos heróis.

Depois disso, temos a divisão de grupos liderados pelo Capitão América e o Homem de Ferro, um defendendo a liberdade e o anonimato dos heróis, e o outro defendendo a ideia de que o povo deve ser protegido de erros como os ocorridos através da regulamentação.

Irei me aprofundar um pouco em cada lado.


Sentinela da Liberdade.

A liberdade sempre foi algo muito importante na simbologia do Capitão América, e ele está claramente disposto a defendê-la.

É mais do que óbvio que alguns heróis tem motivos para se manter no anonimato. Apesar de muitos terem força para enfrentarem seus inimigos estando mascarados, mostrar-se ao público é abrir uma brecha para ser destruído na sua vida cotidiana. Tendo suas identidades reveladas, muitos heróis estariam pondo familiares em risco,  abrem caminho para terem suas carreiras e sonhos destruídos, terem suas vidas arruinadas sem precisar de um único ataque físico.

Para o Capitão América, os heróis tem direito à segurança nos seus únicos pontos fracos, eles  já fazem um enorme favor ao mundo e merecem ter seu anonimato respeitado. Mantendo os seus grandes ideais, é claro que  ele quer até o último momento agarrar a chance de não precisar sacrificar ninguém, um herói clássico que iria preferir morrer tentando salvar todos do que desistir.

 É verdade que a liberdade é algo essencial, mas isso requer uma grande confiança, requer que você tenha a certeza de ser capaz de ser o melhor, saber que o bem vai sempre vencer. Nem todos tem essa confiança, alguns preferem a prevenção, eis que entra na história o Homem de Ferro.


Vingador Dourado.

Não é nenhuma novidade que Tony Stark é um homem que bota a razão acima da emoção. Ele sabe que nesse mundo erros acontecem, e ele prefere prevenir isso mesmo que signifique fazer alguns sacrifícios para alcançar grandes objetivos. Bem semelhante ao que Adrian Veidt faz em Watchmen, se mantendo bem longe do perfil clássico de herói.

Que Stark fez muita merda na Guerra Civil original, acho que todos estão cansados de saber, mas essas merdas não tem nenhuma ligação com o ideal que ele defende. Defender o time liderado pelo Homem de Ferro significa defender que os fins justificam os meios, significa achar que, como os heróis lutam pelo povo, eles devem estar prontos para se sacrificar pelo povo.

Considerando que os personagens não sabem que estão numa história onde o bem TENDE a vencer o mal, o Homem de Ferro tomou a decisão mais plausível em relação a nosso mundo. Dificilmente, se surgissem seres com poderes capazes de destruir cidades ou até o mundo, nossos líderes atuais deixariam eles de boa se colocando como sendo a lei, ou até acima dela.

Erros devem ser evitados previamente, e se não for possível, ao menos deve-se saber quem os cometeu e fazê-los pagar por isso, independente de serem heróis nas horas vagas ou não.

Seguindo essa filosofia, o melhor heróis é aquele capaz de evitar mais mortes, não importa o esforço, os ideais ou os meios, apenas a pura justiça, mas até onde vai a ética nisso, e como pode um heróis se manter assim?



Considerações Finais.

Guerra Civil não se trata de escolher entre certo e errado, e sim, de escolher prioridades. O ser humano necessita tanto de liberdade quanto de justiça, dificilmente sobreviveríamos numa sociedade sem regras, mas ficar totalmente preso às regras também pode fazer a vida não valer a pena.

Originalmente, ambos os lados cometem erros, todos se arrependem, mesmo lutando pelo que consideram certo. No cinema isso talvez seja diferente, embora eu espere que não, gosto dessa ideia, gosto de ver algo diferente da dicotomia de bem e mal.

Enfim, escolham seu lado, vejam com quem se identificam mais, ou simplesmente apoiem seu herói preferido, embora eu não recomende a última opção.

Até a próxima!
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